Falar
de pregação poderosa em nossa época parece algo obsoleto e quase que
desconhecido. Isso pelo fato de que a pregação genuinamente bíblica parece não
atrair as pessoas. Muitos pregadores que deveriam ser defensores da verdade capitularam-se
à heresia e cederam ás pressões populares que exigem uma pregação cada vez mais
leve em suas exigências.
Cada
dia que passa a pregação bíblica desaparece de nossos púlpitos. Os sermões
estão cada dia mais curtos, tornando-se impossível apresentar o conselho de
Deus em apertados 15 minutos. Além disso, a visão do que hoje é pregação
bíblica está ofuscada. Muito daquilo que denominamos “pregação”, na verdade não
passa de entretenimento barato, teatro de bonecos e superficialidades. Muitas pregações
estão tão psicológicas que para muitos Freud é Deus. Devido à isso, os
pregadores estão bebendo em fontes estranhas as Escrituras. Buscam a autoajuda
e não a ajuda do Alto. Recorrem não à Palavra de Deus, mas sim ás palavras dos
homens. Não querem estudar doutrina, mas mergulham de corpo e alma nos manuais
de psicologia e livros de autoajuda. Em busca de um crescimento rápido, os
homens criaram métodos, que via de regra, não inclui a pregação da Palavra de
Deus. Muitos não pregam a Palavra, pois não creem que ela possa produzir
grandes resultados, e por não crerem no poder do Evangelho de Jesus Cristo e
nas grandes doutrinas da graça, abriram seus corações e o entupiram de toda
sorte de males destrutivos à saúde da igreja.
Mais
do que nunca precisamos revitalizar os nossos púlpitos. Pois a pregação é o
meio designado por Deus para a conversão de pecadores, o despertar da igreja, e
a edificação dos santos. “Visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o
conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura
da pregação” (1Co 1.21). Se falharmos na suprema tarefa da pregação, as
consequências serão desastrosas.
Vamos
olhar rapidamente para o passado, e vermos como o maior pregador da Reforma
encarava o púlpito e qual era a sua posição em relação à Palavra de Deus.
De
início quero deixar diametralmente claro que a pregação de Calvino é relevante
para o nosso tempo, pois Calvino é um pregador para todas as épocas. Aqueles
que se mantiveram fiéis ao Senhor nunca devem cair no esquecimento. Das muitas
ocupações de Calvino, o púlpito era a mais urgente. A pregação era o seu
compromisso vitalício, a obra mais sublime do seu chamado pastoral. Ele via o
púlpito como a sua mais importante tarefa. Para ele o púlpito era o trono do
qual Deus governa o seu povo, e quando a Bíblia fala, Deus fala. Calvino nutria
um sentimento grandioso pelas Sagradas Escrituras. Para Calvino, a Bíblia era:
“A Palavra pura de Deus”, a “Sagrada Palavra de Deus”, “Santa Palavra”,
“Palavra da verdade”, “Palavra de Vida”, “Infalível”, que tem “segura
credibilidade”, “Norma da fé”, “Infalível norma de Sua sacra vontade”.
Daí
começamos a entender que a pregação que transforma vidas deve está centrada na
Palavra de Deus. Calvino permaneceu firme sobre a pedra angular da Reforma, o Sola Scriptura, ou Somente a Escritura. Nos seus dias a principal controvérsia era a
autoridade da igreja. Para o catolicismo romano, as tradições da igreja, os
decretos do papa e as decisões dos conselhos eclesiásticos precediam a verdade
bíblica. Porém, para Calvino, não é a Igreja que autentica a Bíblia pela sua
interpretação, a Palavra antecede a Igreja e a si mesma se autentica como
Palavra autoritativa de Deus. “Portanto, dizia Calvino, tentar subordinar a
autoridade da Bíblia ao seu arbítrio consiste blasfêmia”.
A
igreja romana também argumentava que a Escritura devia sua autoridade à
autoridade da igreja, porque foi à igreja que “criou” o cânon. Esta posição foi
fortemente criticada por Calvino: “Nada, portanto, pode ser mais absurdo do que
a ficção, no sentido de que o poder de julgar a Escritura cabe à igreja, e que
aquela depende certamente do comando desta. Quando a igreja a recebe e lhe
confere o timbre de sua autoridade, ela contrariamente não torna autêntica a
que era duvidosa ou contravertida, mas reconhece-a como a verdade de Deus; fiel
ao dever, ela mostra sua reverência por meio de uma aceitação resoluta”. E
ainda: “É chocante blasfêmia afirmar que a Palavra de Deus é falível até que
obtenha da parte dos homens uma certeza emprestada”.
Calvino via a si mesmo sob a autoridade da
Palavra de Deus, e isso lhe dava um profundo senso de humildade e reverência. A
posição que um indivíduo ocupa na igreja não lhe dá o direito e nem a licença
de acrescentar ou subtrair algo da Palavra de Deus. Sobre isso Calvino diz:
“Que
esta seja a nossa regra sacra: não procurar saber nada mais senão o que a
Escritura nos ensina. Onde o Senhor fecha seus próprios lábios, que nós
igualmente impeçamos nossas mentes de avançar sequer um passo a mais (...) é ordenado
a todos os servos de Deus que não apresentem invenções próprias, mas que
simplesmente entreguem aquilo que receberam de Deus para a congregação, da
mesma forma como alguém que passa algo de uma mão para outra”.
Para
Calvino, o pregador não é alguém que inventa mensagens ao seu próprio gosto,
mas sim alguém que deve transmitir fielmente aquilo que recebeu de Deus através
de Sua santa Palavra.
Calvino
era um homem de amplas potencialidades. Tinha um grande domínio da linguagem,
retórica, análise literária, argumentação e capacidade de observação. Além
disso, o reformador conhecia as línguas originais das Escrituras, o hebraico e
o grego. Quando pregava no Antigo Testamento, ele usava o texto hebraico,
quando pregava no Novo Testamento, usava o texto em grego, e, além disso, ainda
dava aulas em latim. Mas Calvino não abandonou em momento algum na sua pregação
a direção e a dependência do Santo Espírito de Deus. Ele era um pregador
bíblico, um teólogo do Espírito Santo que apesar de toda a sua capacitação
humana, depositava a sua confiança na operação do Santo Espírito de Deus. Ele
mesmo disse: “Quando o pregador realiza sua incumbência com fidelidade, falando
apenas o que Deus coloca em sua boca, o poder do Espírito Santo, o qual o
pregador possui dentro de si, une-se à sua voz externa (...) toda pregação deve
ser desempenhada pelo Espírito Santo”. Calvino acreditava que as pessoas não
poderiam ouvir a Deus se o Seu Espírito não estivesse trabalhando, de forma que
elas abracem pela fé o que está sendo dito. Ele cria que o Espírito Santo age
nos ouvintes por meio de um pregador, só até o ponto em que a Palavra de Deus é
ensinada com exatidão e clareza, isso o levou a dizer: “O poder do Espírito é
apagado logo que os doutores em teologia começam a tocar trombetas diante de
si... para exibir sua eloquência”.
Calvino
não procurava impressionar as pessoas com um floreado retórico, a sua
congregação em Genebra não foi impactada com demonstrações de inteligência
humana, mas sim com uma impressionante apresentação da majestade de Deus, com
uma exposição séria de Sua Palavra, no poder do Espírito Santo. Calvino
apresentava a mensagem bíblica de forma direta, simples e convincente,
procurando sempre glorificar a Deus e beneficiar seus ouvintes com uma apresentação
clara e compreensível das Escrituras. Ele mesmo define qual a missão de um
verdadeiro teólogo:
“O
fim de um teólogo não é deleitar os ouvidos, com arguir loquazmente, mas firmar
as consciências, em ensinando o verdadeiro, o certo, o proveitoso”. E ainda: “O
alvo de um bom mestre deve ser sempre converter os homens do mundo para que
volvam seus olhos pra o céu”.
Calvino diz que “Deus ao
dar-nos as Escrituras, não pretendia nem satisfazer nossa curiosidade, nem
alimentar nossa ânsia por ostentação, nem tampouco deparar-nos uma chance para
invenções místicas e palavreado tolo; sua intenção, ao contrário, era fazer-nos
bem. E assim, o uso correto da Escritura deve guiar-nos sempre ao que é
proveitoso”. E ainda: “Aquele que não tenta ensinar com o intuito de
beneficiar, não pode ensinar corretamente; por mais que faça boa apresentação,
a doutrinação não será sã, a menos que cuide para que seja proveitosa a seus
ouvintes”. Sobre o estilo da pregação de
Calvino, Theodore Beza, seu sucessor, declarou: Tot verba tot pondera: “toda
palavra tinha um peso”.
Steven
Lawson diz que: “A admiração que o reformador tinha pela Bíblia foi
impulsionada por conta de sua variada combinação de ensinamentos simples,
paradoxos profundos, linguagem comum, nuanças complexas e uniformidade coesiva.
Do ponto de vista de Calvino, explorar a altura, a largura, a profundidade e a
amplitude da Bíblia era venerar seu Autor sobrenatural”.
Tanto
Calvino como os outros reformadores acreditavam que a pregação genuína da
Palavra de Deus era um dos distintivos da Igreja de Cristo:
“Certamente
existe uma igreja de Deus onde vemos sua Palavra ser pregada e ouvida com
exatidão, e onde vemos os sacramentos serem administrados de acordo com o que
Cristo estabeleceu; por outro lado, uma assembleia na qual não se ouve a
pregação da doutrina sagrada não merece ser reconhecida como igreja”.
Ele também disse: “A igreja de Deus será
educada pela pregação autêntica do evangelho”. E acrescentou: “A igreja de Deus
será educada pela pregação autêntica de sua Palavra e não pelas invenções dos
homens [as quais são madeira, feno e palha]”.
Uma
outra característica da pregação de Calvino e que é totalmente contrastante com
o que nós vemos hoje em dia era o seu senso de dever, a percepção de que as
Escrituras não deveriam ser tratadas com leviandade, a pregação não deveria ser
encarada como algo trivial. Ele mesmo escreveu: “O pregador deve falar de uma
maneira que mostre que ele não está fingindo”. E ainda: “Além disso, aprendamos
que Deus não tem a intenção de que existam igrejas semelhantes a lugares onde
as pessoas se divertem e dão gargalhadas como se uma comédia estivesse sendo
representada. Deve haver majestade em sua Palavra, de modo que sejamos
persuadidos e influenciados”.
Parece-nos
que hoje em dia o pregador bem sucedido é aquele que coloca uma piada em cada
sentença. Que não sabe falar sem contar um dito espirituoso e, as vezes, de
gosto duvidoso. Infelizmente, parece que o alvo de muitos “pregadores” é
divertir as pessoas. Muitos falam de avivamento, poder de Deus, mas cultivam
uma atmosfera onde não há espaço para o choro e a contrição.
Considere
o que John Piper escreveu a cerca dessa tendência de muitos pregadores:
“Parece
que os risos substituíram o arrependimento como o alvo de muitos pregadores.
Risos significam que as pessoas estão se sentindo bem. Significam que gostam de
você. Significam que você os comoveu. Significam que você tem poder em alguma
medida. Significam que você tem todas as marcas de uma comunicação bem-sucedida
– se deixarmos de fora os critérios da profundidade do pecado, da santidade de
Deus, do perigo do inferno e da necessidade de corações quebrantados”.
Quando
não somos sérios na apresentação da mensagem divina, damos à impressão para
nossos ouvintes que não há nada de proporções eternas sendo dito. Que a
eternidade é apenas mais uma piada, mas um gracejo para arrancar risadas. Certa
vez, eu estava em uma locadora de vídeo e encontrei um jovem, empolgado com o
estilo de um determinado pregador. Ouvindo sua empolgação eu lhe perguntei.
“Ele é um bom pregador?”. E sua resposta me causou estranheza. Ele me
respondeu: “Isso eu não sei. Só sei que ele é engraçado!”. É esse tipo de ideia
que têm matado os seus milhares.
A
pregação devido a sua grandiosa importância deveria requerer de nós os
pensamentos mais acurados, as mais profundas meditações, os estudos mais diligentes
e a mais séria apresentação. Não me entendam mal. Não estou propondo o
engessamento da doutrina e nem a calcificação da liturgia. É certo que existe espaço
para o humor na pregação, Charles Spurgeon, por exemplo, era um homem bem
humorado, mas nunca transformou suas pregações em comédia pastelão ou em espetáculos
circenses. O problema é que muitos forçam a barra e acabam se tornando um mero
instrumento de entretenimento.
A
ironia também pode fazer parte do nosso arsenal, não precisamos deixar essa
arma apenas com os inimigos. Certamente haverá ocasiões que precisaremos
usá-la. Essa arma foi muito bem utilizada por Calvino, ele recorreu à ironia ao
referir-se à alguns membros de sua congregação:
“Há
alguns fofoqueiros e maledicentes que achariam o que dizer até contra o anjo do
paraíso”.
Em
suas polêmicas com a igreja romana ele sempre usava palavras duras, não
obstante, carregadas de ironia. Ao referir-se aos bispos da igreja católica ele
os chamou de: “vermes do clero” e “bestas de chifre”.
Em
relação à “sucessão apostólica” defendida pelos romanistas, Calvino disse: “Se
acreditarmos no que dizem, todos são descendentes diretos dos apóstolos! Porém,
temos de examinar que semelhança há entre eles. Se Deus autorizou o chamado
deles, então devem dar um testemunho claro e infalível deste fato. No entanto,
o papa e todos os seus seguidores são culpados de falsificar e corromper todo o
ensinamento do evangelho. O que eles chamam de servir a Deus não passa de
abominação aos olhos dEle. O sistema inteiro é construído sobre mentiras e
fraudes grosseiras, pois eles foram enfeitiçados pelo próprio Satanás, como a
maioria de nós já sabe (...) se o papa de Roma reivindica a primazia por ser
ele o sucessor de Pedro, então que a exerça também sobre os judeus. Paulo,
aqui, se declara o principal apóstolo dos gentios; no entanto eles negam que
ele tenha sido bispo de Roma. Portanto, se o papa deve tomar posse de sua
primazia, então que convoque as igrejas dos judeus”.
Outra
característica marcante em Calvino era a sua espiritualidade e fervor. Ele
declarou: “Duas coisas estão unidas, ensino e oração”. Ele dedicava-se
diariamente ao estudo das Santas Escrituras e a oração fervorosa. Apesar de sua
seriedade, ele não era apático. Não apresentava a mensagem divina de modo frio,
mas sua pregação era vívida, real, cativante, assombrosa e ás vezes chocante.
Ele possuía a amabilidade de um pastor e a ousadia de um profeta; podia falar
em tom paternal, mas também clamar com intenso fervor profético. Calvino
entendia que:
“Com a oração encontramos e desenterramos os
tesouros que se mostram e descobrem à nossa fé pelo Evangelho”; por isso “todo
crente deve ter o desejo fervoroso de contar com Deus em cada momento de sua
vida”.
A
vida de Calvino foi marcada por essas duas coisas. Apego à Palavra de Deus e oração
sincera.
Esse
é o segredo do sucesso de nossos ministérios. Oração e ensino. Eloquência e
poder, luz na mente e fogo no coração, oração em secreto e proclamação pública.
Spurgeon perguntou “Que espécie de homem deve ser o ministro de Deus?” E ele
mesmo responde: “Deve trovejar na pregação e brilhar nas conversas. Deve ser
flamejante na oração, resplandecente na vida e fervoroso no espírito”. O
problema é que o homem tem a tendência de ir para os extremos. Em Atos dos
apóstolos no capítulo 6 e versículo 4 assim está escrito: “Mas nós
perseveraremos na oração e no
ministério da palavra”. (grifos do
autor). Uns oram, mas não estudam,
outros são gigantes no estudo, mas pigmeus na oração. Então, essas duas coisas
que deveriam ser inseparáveis, são colocadas por estes como sendo antagônicos,
eternos inimigos, irreconciliáveis. Uns dizem que estudar é pura carnalidade,
que o que importa é orar. Em contrapartida, outros estudam e pensam
erroneamente que o estudo substitui a oração. Não tem jeito, necessitamos das
duas coisas. Assim como o pão cotidiano e a água, a oração e a palavra são
inseparáveis.
Concordo com o que John Piper escreveu: “Somos
chamados ao ministério da palavra e da oração, porque sem oração o Deus de
nossos estudos será o Deus que não assusta, que não inspira, oriundo de uma
prática acadêmica ardilosa”. Hernandes Dias Lopes, um dos maiores pregadores
dessa nação escreveu: “O sermão deve ser preparado através do estudo profundo
das Escrituras, molhado em lágrimas, em espírito de oração e entregue no poder
do Espírito Santo para a glória de Deus”.
Conforme
escreveu John Murray: “Calvino era o intérprete da Reforma e se encontra na
primeira classe dos exegetas bíblicos de todos os tempos”. Charles Spurgeon
também expressou sua admiração por esse mensageiro singular da graça: “Nenhum
outro homem pôde expressar, conhecer e explicar as Escrituras de forma mais
clara do que a forma como Calvino fez”. Até mesmo Jacó Armínio (1560-1609)
reconheceu sua grandeza: “Eu exorto os estudantes que depois das Sagradas
Escrituras leiam os comentários de Calvino, pois eu lhes digo que ele é
incomparável na interpretação da Escritura”.
São
pertinentes as palavras de B. B. Warfield;
“Eis o segredo da grandeza de Calvino e
a fonte de sua força revelada a nós. Homem algum jamais teve um senso mais
profundo de Deus do que ele. Homem algum jamais se rendeu totalmente à direção
divina como ele fez”.
O
pensamento de Calvino é muito vasto, principalmente no que diz respeito à
pregação; seria necessário um texto muito mais longo para tentarmos expor todas
as suas marcantes características, mas devido ao espaço, esse estudo fica por
aqui. Meu objetivo é estimular o leitor a resgatar essas importantes
características aprendidas com o maior pregador da Reforma. Precisamos de
pregadores fervorosos e genuinamente espirituais, homens seguros de sua fé,
inabaláveis em seus propósitos e fiéis à sua missão. Pregadores que deixem
profundas marcas em seus ouvintes e que no fim dediquem toda realização e
avanço aquEle que é digno. Que a nota final de nossa vida, trabalho e
ministério sejam esta: Soli Deo Glória!
Rikison
Moura, V. D. M
Bibliografia Consultada:
MAIA,
Hermisten. Fundamentos da Teologia
Reformada: Mundo Cristão.
______
Calvino de A a Z: Vida Acadêmica.
LAWSON,
Steven. A Arte Expositiva de João
Calvino: FIEL
CALVINO,
Juan: Institución De La
Religión Cristiana, 2 Vols: FELIRE
MOURA,
Rikison, Calvino Luz da Reforma, Apostila.
PIPER,
John. Supremacia de Deus na Pregação: Shedd
Publicações
SPURGEON,
Charles. Lições aos meus alunos, vol.1:
PES
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