sábado, 28 de maio de 2016

A BENÇÃO TRINITÁRIA (2Co 13.13).

Estamos acostumados a ouvir no fim de nossas reuniões a chamada “benção apostólica”. Porém, poucos param para meditar no que essa benção significa. Não é uma mera formalidade, mas um constante lembrete para nós da riqueza do nosso glorioso Deus.
A primeira coisa que nos chama a atenção é que Paulo coloca na mesma sentença o Pai, o Filho e o Espírito Santo.  Ao fazer isso, Paulo aponta para a doutrina bíblica da trindade.
A Confissão de Fé de Westminster declara:

“Na unidade da Divindade há três pessoas de uma mesma substância, poder e eternidade – Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo. O Pai não é gerado nem procedente de outro ser; o Filho é eternamente gerado do Pai; o Espírito Santo é eternamente procedente do Pai e do Filho”. [1]
Depois de apontar para a Trindade, Paulo abençoa os irmãos evocando sobre eles a graça de Jesus, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo.
1. A graça do Senhor Jesus Cristo. A graça do Senhor Jesus Cristo é tão maravilhosa a ponto de que, ele sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos (2Co 8.9). A graça do Senhor Jesus Cristo é imerecida. É a capacidade de dar o melhor, para aqueles que merecem o pior. Nós como pecadores somos merecedores do inferno e da condenação eterna, mas Cristo em sua graça não nos concede aquilo que nós merecemos, pelo contrário, em sua graça ele nos deu vida, paz, alegria, perdão de pecados e vida eterna.

2. O amor de Deus. A Bíblia aponta para o amor de Deus como sendo um amor grandioso: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). A expressão “de tal maneira” enfatiza a intensidade, a grandeza do amor de Deus.
A missão do Filho está inseparavelmente ligada ao amor de Deus. Quando Deus envia o Seu Filho, manifesta o Seu supremo amor. O amor de Deus não é apenas palavras, o amor de Deus é sobretudo ação. Ele ama, e ele dá. Ele ama e ele envia. Envia o que ele tem de mais precioso, o seu único Filho, para morrer em lugar de pecadores.
O amor de Deus é imerecido. Paulo escreve: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). Em outro lugar, Paulo diz que nós estávamos mortos em delitos e pecados (Ef 2.1), e mesmo assim, “por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo” (Ef 2.4,5). Esse é o amor eletivo e soberano de Deus!  
A Bíblia também nos mostra a impossibilidade de separação desse bendito amor divino (Rm 8.35-39). É um amor eterno, um amor que nada e nem ninguém poderá nos separar!
Nós somos chamados a ter o amor divino como padrão em nossos relacionamentos (1Jo 4.7-11). Uma vez que Deus nos amou e derramou em nossos corações o seu amor, nos fazendo participantes de sua natureza divina, somos desafiados a demonstrar esse amor em nossos relacionamentos. É impossível alguém se dizer cristão, dizer que ama a Deus e odiar ao seu irmão (1Jo 4. 20,21; 3.14-18).
3. A comunhão do Espírito Santo.  Através do Espírito Santo somos unidos a Deus e unidos uns aos outros. “Onde reina o Espírito Santo, existe amor, porque o amor é fruto do Espírito”. [2] Se nossos relacionamentos forem produzidos pelo Espírito, certamente serão relacionamentos fortes e verdadeiros.
Portanto, todas as vezes que ouvirmos em nossas reuniões a chamada “benção apostólica”, lembremos dessas benditas verdades, desejando ardentemente que elas sejam reais, manifestas em nossa vida.

Rikison Moura.






[1] Cap. 2, sessão 3. (Cf. Mt 28.19; 3.16; Jo 1.14,18; 15. 26; 17.24; Gl 4.6). 
[2] LOPES, Hernandes Dias, Filipenses, Hagnos, p. 107. 

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