sábado, 21 de maio de 2016

“EM CRISTO”.

Esta é uma pequena expressão de profundo significado teológico. A Bíblia nos mostra que estar “em Cristo” é fazer parte da nova criação (2Co 5.17), a qual tem Jesus Cristo, o “último Adão” como representante.  E como cabeça federal dos eleitos de Deus, Jesus Cristo nos torna participantes de suas extraordinárias conquistas.  
A Bíblia nos mostra que a justiça dEle é nossa justiça (2Co 5.21). Sua morte é a nossa morte e sua ressurreição é nossa ressurreição (Rm 6.1-8; Cl 3.1). Fomos exaltados com Ele e estamos com Ele assentados nos lugares celestiais (Ef 2.4-6). Para nós, foi Cristo feito por Deus “sabedoria, justiça, santificação e redenção” (1Co 1.30).
O teólogo presbiteriano, Charles Hodge, escreveu o seguinte: “Se estamos unidos com Cristo de maneira tal que somos feitos participantes de sua vida, somos também participantes de sua justiça. O que ele fez ao obedecer e sofrer, fê-lo por seu povo. Um elemento essencial de sua obra redentora foi satisfazer as exigências da justiça em favor deles, de maneira que, nele e por causa dele, têm direito ao perdão e à vida eterna”. [1]
Em Cristo gozamos de absolvição, pois “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). G. C. Berkouwer disse que: “A possibilidade e a realidade da justificação estão concentradas nesta única expressão”.[2]
Em Cristo os portões do paraíso se abrem, as trevas se dissipam, as correntes que nos prendiam caem e a luz da liberdade é uma alegre realidade. Somos assim congregados a sua sagrada família, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo (Rm 8.17).
Paulo nos mostra que está sem Cristo é viver sem esperança. Falando dos gentios antes de sua conversão ele afirma que “naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo” (Ef 2.12).
Mas, em Cristo, eles experimentam uma nova realidade. Àqueles que antes estavam longe, agora são aproximados, tendo acesso ao Pai através do sangue de Cristo, tornando-se concidadãos dos santos e família de Deus (Ef 2.13,19).
No que se refere a essa realidade espiritual não existe meio termo, não existe campo neutro. Ou estamos em Cristo ou estamos sem ele. Onde você se encontra? 

Rikison Moura.                 




[1] Charles Hodge, Teologia Sistemática, pp. 1120, 1121.
[2] G. C. Berkouwer, A Justificação pela Fé nas Confissões Reformadas, p. 116.

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