terça-feira, 4 de novembro de 2014

A BREVIDADE DA VIDA

Nesses dias li a história de um homem que ficou doente na sexta-feira, foi hospitalizado no sábado, faleceu no domingo e foi sepultado na segunda-feira. E diante desses acontecimentos nós paramos para meditar sobre a brevidade da vida.
A Bíblia nos chama a considerarmos a falibilidade dos projetos humanos e a brevidade da vida. Algumas imagens usadas pelos escritores sagrados apontam claramente para a brevidade da vida humana. “Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa” (Tg 4.14). “Tu os arrastas na torrente, são como um sono, como a relva que floresce de madrugada; de madrugada, viceja e floresce; à tarde, murcha e seca (Sl 90.5,6).

A humanidade erra em não considerar a brevidade da vida. Vivem ocupadas em seus negócios, insensíveis à realidade da ira de Deus e da eternidade. Esquecem-se que esta vida é apenas um tempo probatório. Na verdade a vida, que não é vivida à luz da eternidade é pura vaidade. Não tem sentido vivermos na contramão da vontade de Deus. Sobre isso, o rev. Charles Spurgeon se expressou da seguinte maneira:
“A vida só é digna quando observamos a Palavra de Deus; aliás, não há vida nenhuma, no mais elevado sentido, senão aquela que associa à santidade – vida que não respeita a lei de Deus não passa de mero vocábulo”[1]
O salmista Davi escrevendo sobre a vaidade e brevidade da vida declarou:
“Deste aos meus dias o comprimento de alguns palmos; à tua presença, o prazo da minha vida é nada. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade. Com efeito, passa o homem como uma sombra; em vão se inquieta; amontoa tesouros e não sabe quem os levará” (Sl 39. 5,6).
O Salmista compara a vida a um espetáculo vazio, cheio de pessoas inquietas correndo de uma lado para o outro tentando enriquecer. Muitos medem a qualidade de suas vidas mediante o acúmulo de riquezas que possuem. Porém, Jesus deixou claro que o homem não deve ser medido pelos bens que ele tem: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (Lc 12.15).
Não espere ir a uma cerimônia fúnebre para começar a filosofar sobre a brevidade da vida. Não espere ver um defunto inerte em um caixão para perceber como a vida é curta. Não desperdice sua curta vida vivendo sem Deus. Tudo na vida é vaidade, menos crer em Deus para a salvação eterna.


Rikison Moura, V. D. M



[1] Charles Spurgeon, Salmo 119, p.39

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