quinta-feira, 10 de março de 2016

A PODEROSA INTERVENÇÃO DE DEUS NA HISTÓRIA HUMANA

Vivemos uma época onde as pessoas odeiam a ideia de absolutos. Não é de admirar-se que uma das verdades mais fundamentais da teologia, a doutrina da soberania de Deus também seja odiada. Mas o que nos deixa perplexos é que essa animosidade, muitas vezes parte de pessoas que se denominam cristãs.
Desde o advento de movimentos como o humanismo, passou-se a falar muito alto acerca do homem, da autonomia do homem, do livre-arbítrio do homem, da importância do homem, etc. Fala-se tão alto acerca do homem ao ponto de Deus ter apenas um papel secundário na história e na vida do homem, não passando de mero coadjuvante.

Essa concepção antropocêntrica tomou conta de grande parte do evangelicalismo moderno e é constantemente refletida em músicas, livros, artigos e mensagens evangélicas.
A teologia do processo, que na verdade, é uma mentira infernal, ensina que Deus está evoluindo, aprendendo, que ele não sabe de todas as coisas, que ele não tem propósito para todas as coisas, uma vez que, o mal acontece a toda hora sem que Deus seja capaz de impedir ou de encontrar algum propósito para o mesmo.
Muitos têm ensinado que Deus quer salvar todo ser humano, mas essa vontade pode, e de fato, é frustrada, quando a vontade de Deus se choca com a vontade do homem, e no fim a salvação não depende de Deus, mas sim do homem. O meu “livre-arbítrio” vence o arbítrio divino, e Deus torna-se submisso a vontade humana.
Tudo isso é um atentado contra o poder soberano de Deus. As Escrituras ensinam em todos os lugares que Deus é soberano sobre tudo e sobre todos. Ele reina, governa e dirige a História de todo o universo fazendo tudo aquilo que lhe apraz (Sl 115.3). As Escrituras ensinam que Ele é livre para ter misericórdia de quem quer e também endurecer a quem lhe apraz (Rm 9.18).
Ele endureceu o coração de Faraó e zombou de suas divindades, demonstrando o Seu poder e glória e tornando conhecido para eles que o SENHOR é Deus (Êx 4.21; 7.3-5; 10.1,2).
Na peregrinação pelo deserto, Seom, o rei de Hesbom, não permitiu que o povo passasse e a razão disso é que “O SENHOR, teu Deus, endurecera o seu espírito e fizera obstinado o seu coração” (Dt 2.30), e a razão de tal deliberação divina foi a completa ruína do rei e do seu povo: “E o SENHOR, nosso Deus, no-lo entregou, e o derrotamos, a ele, e a seus filhos, e a todo o seu povo” (Dt 2.33).
Deus inclinou a vontade dos egípcios para que esses emprestassem aos israelitas vasos preciosos (Êx 11.2,3), coisa que jamais fariam se não fossem induzidos pelo SENHOR! Deus fez diferenciação entre os israelitas e os egípcios. Enquanto os primogênitos dos egípcios morreriam, contra nenhum dos filhos de Israel, desde os homens até os animais, nem ainda um cão rosnaria (Êx 11.7). 
O salmista narrando à história do povo hebreu declarou que: “Deus fez sobremodo fecundo o seu povo e o tornou mais forte do que os seus opressores. Mudou-lhes o coração para que odiassem o seu povo e usassem de astúcia para com os seus servos” (Sl 105.24,25).
José reconheceu que tudo o que lhe ocorrera, incluindo o ódio de seus irmãos, sua venda como escravo, a difamação na casa de Potifar e o esquecimento na prisão, não foi em hipótese nenhuma obra de acaso, destino ou coisa parecida. José reconheceu e confessou que Deus o havia enviado adiante deles, para conservação da vida (Gn 45.5,7-9).
Na revolta de Absalão contra Davi, o conselheiro Aitofel disse à Absalão que lhe desse doze mil homens e ele perseguiria Davi naquela mesma noite, aproveitando-se do seu cansaço e frouxidão de mãos o mataria. Esse parecer agradou o jovem Absalão e os anciãos de Israel. Mas o conselheiro Husai lhe deu um conselho, que na verdade, dava tempo para Davi se organizar para a guerra. A mão da providência de Deus levou Absalão a rejeitar o bom conselho de Aitofel e seguir o conselho de Husai. E a razão disso é que “ordenara o SENHOR que fosse dissipado o bom conselho de Aitofel, para que o mal sobreviesse contra Absalão” (1Sm 17.14).
Deus criou, dirige e sustenta pelo Seu soberano poder o micro e o macro universo. Ele governa poderosos seres angélicos e também governa pequeninos seres rastejantes. Jesus disse que nem mesmo um pardal cairá em terra sem o consentimento de Deus e até mesmo os cabelos de nossa cabeça estão todos contados (Mt 10.29,30).
Simples atividades humanas, como negócios ou viagens, só se realizam se Deus quiser (At 18.21; Tg 4.13,16). Eventos fortuitos como o atirar de uma flecha ao acaso, encontrará plena realização na atividade divina. O profeta havia dito: “Se voltares em paz, não falou o Senhor, na verdade por mim”. Um soldado inimigo atirou uma flecha para o ar e esta acertou precisamente o rei de Israel exatamente na junta da armadura, ferindo-o mortalmente (2Rs 22.28,34).
Alguns dizem que Deus precisa da permissão humana para converter uma alma. Que absurdo. Olhem para a vida de Saulo de Tarso. Um inimigo declarado de Cristo e de Sua Igreja. Perseguidor feroz e blasfemador. Será que Saulo deu permissão a Cristo para que Ele o convertesse? Claro que não. Saulo odiava a Cristo com todas as suas forças. Jamais iria a Cristo por sua própria vontade. Cristo o derrubou, o cegou, o humilhou e o transformou em um novo homem!
Deus abriu o coração de Lídia, para que atendesse ao que Paulo dizia (At 16.14). Deus concedeu aos gentios o arrependimento para a vida (At 11.18). Ele concede graça e fé salvadora (Ef 2.8,9). Ele começa e termina a boa obra em nós (Fp 1.6). Ele efetua em nós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade (Fp 2.13).
Ele é o SENHOR supremo sobre tudo e sobre todos. “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as cousas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém” (Rm 11.36).

Rikison Moura. 

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