A incompatibilidade entre o marxismo
e o cristianismo
Em nossos dias, não é incomum você ouvir as seguintes frases:
“A Bíblia ensina o comunismo”, ou “Jesus era de esquerda, um líder
revolucionário”, “Jesus era socialista”, etc.[1] A
intenção desse tipo de frase é fazer uma conexão entre Marx e Jesus, entre o
marxismo e o cristianismo. Mas será que esse tipo de conexão é possível? E Por
que a cada dia muitos cristãos tem sido simpáticos com o comunismo?
O principal e decisivo problema entre cristianismo e
comunismo é o problema de cosmovisão.
Cosmovisão é a maneira como o indivíduo vê e
interpreta a realidade. O cristão deve interpretar o mundo de acordo com a
cosmovisão cristã. Então, a principal razão pela qual um cristão não deve
abraçar o marxismo é a incompatibilidade brutal entre essas duas cosmovisões.
O
cristianismo parte do pressuposto de que Deus é o criador e sustentador de
todas as coisas. Ele criou todas as coisas pela palavra do seu poder. O
cristianismo é, em poucas palavras, teísta,
espiritual e transcendental.
O marxismo é ateu e materialista. Tudo que dissemos acima
acerca do cristianismo, o marxismo diz que é alienação. O marxismo
rejeita o Deus criador. Ele ensina que pelas forças da natureza, surgiu a
matéria e a matéria é a única coisa que tem valor e existência comprovada. O
marxismo, portanto é naturalista,
ateísta e materialista.
O marxismo se encaixa na declaração bíblica
de idolatria. Nele, o Estado substituiu Deus
como proprietário e controlador final do mundo. Além de idólatra se torna
inimigo declarado do Altíssimo.
Uma vez que, a crença em Deus é violentamente
atacada, tudo aquilo que foi estabelecido por Ele é vilipendiado. A família,
conforme instituída por Deus é afrontada. Aquilo que Deus revelou em Sua
Palavra (o homem como líder de sua família, a mulher como auxiliadora idônea, o
casamento heterossexual, o valor da vida ainda no útero, a propriedade privada,
etc) são frontalmente contestados.
Por isso, não se admire de encontrar no pacote marxista:
homossexualidade, teoria de gênero, feminismo e aborto disfarçados de direitos
igualitários. O que eles querem na verdade é a completa destruição dos valores
cristãos. Para isso, tentam colocar na
cabeça dos cristãos que nós fazemos uma leitura errada dos textos bíblicos que
falam contra a homossexualidade, e que é preciso superar os conceitos machistas
de uma sociedade patriarcal e opressora.
Quem se posiciona contra esses conceitos marxistas é taxado
de “fundamentalistas religiosos”. E é uma pena que muitos membros e até
pastores tem comprado essa idéia absurda. Movimentos como “Teologia da
Libertação”, e “Teologia da Missão Integral” são tentativas de cristianizar o marxismo.
Mas como podemos ser simpáticos com uma doutrina que é
contrária ao evangelho de nosso Senhor? Como ser amigo daqueles que odeiam
nosso Cristo? Como ser leais aos ensinos daqueles que desejam ardentemente a
destruição dos valores ensinados pelo cristianismo? Assim, concluímos que o
comunismo e suas releituras são incompatíveis com nossa fé. Um é centrado no
homem, na auto-redenção, o outro é centrado em Deus e nos valores revelados em
Sua santa Palavra.
Faço coro com o posicionamento do Supremo Concílio da Igreja
Presbiteriana do Brasil:
“SC-54-138 – Quanto à consulta do Presbitério do Botucatu sobre se um
membro da IPB, com ideias francamente comunistas, pode tomar parte nos
trabalhos da igreja, como dirigir classe da Escola Dominical, etc; o SC resolve
responder que há incompatibilidade entre
o comunismo ateu e materialista e a doutrina bíblica e os símbolos de fé da
IPB”.
Que Deus nos livre de ideologias profanas.
Rikison Moura.
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