segunda-feira, 7 de novembro de 2016

A FOICE, O MARTELO E A CRUZ



A incompatibilidade entre o marxismo e o cristianismo

Em nossos dias, não é incomum você ouvir as seguintes frases: “A Bíblia ensina o comunismo”, ou “Jesus era de esquerda, um líder revolucionário”, “Jesus era socialista”, etc.[1] A intenção desse tipo de frase é fazer uma conexão entre Marx e Jesus, entre o marxismo e o cristianismo. Mas será que esse tipo de conexão é possível? E Por que a cada dia muitos cristãos tem sido simpáticos com o comunismo?   

O principal e decisivo problema entre cristianismo e comunismo é o problema de cosmovisão.
Cosmovisão é a maneira como o indivíduo vê e interpreta a realidade. O cristão deve interpretar o mundo de acordo com a cosmovisão cristã. Então, a principal razão pela qual um cristão não deve abraçar o marxismo é a incompatibilidade brutal entre essas duas cosmovisões.
O cristianismo parte do pressuposto de que Deus é o criador e sustentador de todas as coisas. Ele criou todas as coisas pela palavra do seu poder. O cristianismo é, em poucas palavras, teísta, espiritual e transcendental.
O marxismo é ateu e materialista. Tudo que dissemos acima acerca do cristianismo, o marxismo diz que é alienação. O marxismo rejeita o Deus criador. Ele ensina que pelas forças da natureza, surgiu a matéria e a matéria é a única coisa que tem valor e existência comprovada. O marxismo, portanto é naturalista, ateísta e materialista.  
O marxismo se encaixa na declaração bíblica de idolatria. Nele, o Estado substituiu Deus como proprietário e controlador final do mundo. Além de idólatra se torna inimigo declarado do Altíssimo.
Uma vez que, a crença em Deus é violentamente atacada, tudo aquilo que foi estabelecido por Ele é vilipendiado. A família, conforme instituída por Deus é afrontada. Aquilo que Deus revelou em Sua Palavra (o homem como líder de sua família, a mulher como auxiliadora idônea, o casamento heterossexual, o valor da vida ainda no útero, a propriedade privada, etc) são frontalmente contestados. 
Por isso, não se admire de encontrar no pacote marxista: homossexualidade, teoria de gênero, feminismo e aborto disfarçados de direitos igualitários. O que eles querem na verdade é a completa destruição dos valores cristãos.  Para isso, tentam colocar na cabeça dos cristãos que nós fazemos uma leitura errada dos textos bíblicos que falam contra a homossexualidade, e que é preciso superar os conceitos machistas de uma sociedade patriarcal e opressora.
Quem se posiciona contra esses conceitos marxistas é taxado de “fundamentalistas religiosos”. E é uma pena que muitos membros e até pastores tem comprado essa idéia absurda. Movimentos como “Teologia da Libertação”, e “Teologia da Missão Integral” são tentativas de cristianizar o marxismo. 
Mas como podemos ser simpáticos com uma doutrina que é contrária ao evangelho de nosso Senhor? Como ser amigo daqueles que odeiam nosso Cristo? Como ser leais aos ensinos daqueles que desejam ardentemente a destruição dos valores ensinados pelo cristianismo? Assim, concluímos que o comunismo e suas releituras são incompatíveis com nossa fé. Um é centrado no homem, na auto-redenção, o outro é centrado em Deus e nos valores revelados em Sua santa Palavra.
Faço coro com o posicionamento do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil:
“SC-54-138 – Quanto à consulta do Presbitério do Botucatu sobre se um membro da IPB, com ideias francamente comunistas, pode tomar parte nos trabalhos da igreja, como dirigir classe da Escola Dominical, etc; o SC resolve responder que há incompatibilidade entre o comunismo ateu e materialista e a doutrina bíblica e os símbolos de fé da IPB”.
Que Deus nos livre de ideologias profanas.

Rikison Moura.



[1] Numa próxima oportunidade refutaremos essas afirmações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário