A Confissão de fé de Westminster
no capítulo 9, capítulo esse que trata do livre-arbítrio declara algumas
verdades importantes. Refletindo a verdade bíblica, a Confissão diz que o “homem em seu estado de inocência tinha a
liberdade e o poder de querer e fazer aquilo que é bom e agradável a Deus, mas
de modo que fosse possível mudar, de sorte que pudesse cair dessa liberdade e
desse poder”. [1]
E o que aconteceu? O homem
desobedeceu ao seu Criador e caiu de seu estado de inocência. Assim, ao cair no
estado de pecado, o homem perdeu o poder de vontade quanto ao bem espiritual. A
sua vontade não é mais livre. Mesmo os pecadores salvos por Deus, que foram
transferidos para um estado de graça,
“por causa da corrupção ainda nele existente, o pecador não faz o bem
perfeitamente nem deseja somente o que é bom, mas também o que é mau”.[2]
E quando o arbítrio será livre
novamente? A Confissão responde: “É no
estado de glória que a vontade do homem se torna perfeita e imutavelmente livre
somente para o bem”.[3]
Vejam! Enquanto não chegarmos a
glória o nosso arbítrio não será livre. Não desejaremos somente o que é bom,
mas também o mau. Não apenas desejaremos o que é mau, como praticaremos o mau.
Cairemos em pecado, desobedeceremos ao SENHOR. Diante dessas verdades somo
confrontados com a seguinte pergunta. Qual será a nossa atitude diante do nosso
próximo pecado? Qual será nossa reação diante de nossa próxima queda? Como
reagiremos diante de nossa próxima transgressão?
Há um texto muito interessante no
livro de Provérbios. Esse texto mostra-nos duas atitudes diante do pecado. Uma
atitude errada e uma atitude correta. O texto diz:
“O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as
confessa e deixa alcançará misericórdia” (28.13).
Encobrir as transgressões é a
atitude errada a se tomar diante do pecado. Essa atitude não melhora as coisas,
pelo contrário, acrescenta pecado sobre pecado. O salmista Davi, nos conta a
sua experiência, a sua malograda atitude de encobrir suas transgressões. No
Salmo 32.3,4 ele declarou:
“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus
constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e
o meu vigor se tornou em sequidão de estio”.
A atitude correta ensinada pela
Palavra de Deus é a confissão e o arrependimento. O texto de Provérbios afirma:
“... mas o que confessa e deixa alcançará
misericórdia”. Voltando para a experiência de Davi no Salmo 32, nós temos a
seguinte conclusão:
“Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei.
Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a
iniquidade do meu pecado. Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em
tempo de poder encontrar-te” (32.5).
“Se dissermos que não temos pecado
nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1.8,9).
Começamos esse texto citando a
Confissão de Westminster e queremos terminar retornando a ela. Lembrando de
algo muito importante que ela nos ensina.
“Como não há pecado tão pequeno que não mereça a condenação, assim
também não há pecado tão grande que possa trazer condenação sobre os que se
arrependem verdadeiramente”. [4]
Amém.
Rikison Moura.
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