sábado, 11 de junho de 2016

CONFISSÃO E ARREPENDIMENTO

A Confissão de fé de Westminster no capítulo 9, capítulo esse que trata do livre-arbítrio declara algumas verdades importantes. Refletindo a verdade bíblica, a Confissão diz que o “homem em seu estado de inocência tinha a liberdade e o poder de querer e fazer aquilo que é bom e agradável a Deus, mas de modo que fosse possível mudar, de sorte que pudesse cair dessa liberdade e desse poder”. [1]

E o que aconteceu? O homem desobedeceu ao seu Criador e caiu de seu estado de inocência. Assim, ao cair no estado de pecado, o homem perdeu o poder de vontade quanto ao bem espiritual. A sua vontade não é mais livre. Mesmo os pecadores salvos por Deus, que foram transferidos para um estado de graça, “por causa da corrupção ainda nele existente, o pecador não faz o bem perfeitamente nem deseja somente o que é bom, mas também o que é mau”.[2]  
E quando o arbítrio será livre novamente? A Confissão responde: “É no estado de glória que a vontade do homem se torna perfeita e imutavelmente livre somente para o bem”.[3]
Vejam! Enquanto não chegarmos a glória o nosso arbítrio não será livre. Não desejaremos somente o que é bom, mas também o mau. Não apenas desejaremos o que é mau, como praticaremos o mau. Cairemos em pecado, desobedeceremos ao SENHOR. Diante dessas verdades somo confrontados com a seguinte pergunta. Qual será a nossa atitude diante do nosso próximo pecado? Qual será nossa reação diante de nossa próxima queda? Como reagiremos diante de nossa próxima transgressão?
Há um texto muito interessante no livro de Provérbios. Esse texto mostra-nos duas atitudes diante do pecado. Uma atitude errada e uma atitude correta. O texto diz:
“O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (28.13).
Encobrir as transgressões é a atitude errada a se tomar diante do pecado. Essa atitude não melhora as coisas, pelo contrário, acrescenta pecado sobre pecado. O salmista Davi, nos conta a sua experiência, a sua malograda atitude de encobrir suas transgressões. No Salmo 32.3,4 ele declarou:
“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio”.
A atitude correta ensinada pela Palavra de Deus é a confissão e o arrependimento. O texto de Provérbios afirma: “... mas o que confessa e deixa alcançará misericórdia”. Voltando para a experiência de Davi no Salmo 32, nós temos a seguinte conclusão:
“Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado. Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te” (32.5).
“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1.8,9).
Começamos esse texto citando a Confissão de Westminster e queremos terminar retornando a ela. Lembrando de algo muito importante que ela nos ensina.
“Como não há pecado tão pequeno que não mereça a condenação, assim também não há pecado tão grande que possa trazer condenação sobre os que se arrependem verdadeiramente”. [4] Amém.
Rikison Moura.
   



[1] CFW, 9.2.
[2] Idem, 9.4.
[3] Idem, 9.5.
[4] 15.4.

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